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Beethoven e Dvorák


19 de Agosto de 2016 - 21h

TEATRO ADEMIR ROSA - CIC

A Camerata Florianópolis, com regência do maestro Jeferson Della Rocca, e solos do violinista convidado Carmelo de Los Santos, apresenta o primeiro concerto do Segundo semestre deste ano, interpretando Beethoven e Dvořák. O destaque para este belíssimo concerto sinfônico será a participação do premiado solista Carmelo de Los Santos, um dos melhores violinistas de sua geração, atualmente residente nos Estados Unidos da América, que fará o solo do Concerto para Violino de Dvořák.

Programa Concerto para Violino e Orquestra em La Menor, Op.53 ♦ Allegro ma non troppo ♦ Adagio ma non troppo ♦ Finale: Allegro giocoso ma non troppo ANTONIN DVOŘÁK ♦ Solista: Carmelo de Los Santos Sinfonia No. 7 em La Maior, Op. 92 ♦ Poco sostenuto – Vivace ♦ Allegretto ♦ Presto - Assai meno presto ♦ Allegro con brio LUDWIG VAN BEETHOVEN As Obras A Sinfonia no.7 de Beethoven foi composta entre os anos de 1811 e 1812 e dedicada ao Conde Moritz von Fries. Nesta época, o compositor estava na cidade termal de Te-plice, na Boêmia, na esperança de recuperar a sua saúde. Estreada em Viena, em 8 de dezembro de 1813, num concerto dado em benefício de soldados feridos na Batalha das Nações (ocorrida seis semanas antes, contra as tropas de Napoleão Bonaparte), ela aí fez par com um dos raros exemplos de música progra-mática em Beethoven: a A Vitória de Wellington, ou a Batalha de Vittoria, op. 91. Inevitavelmente, a obra tornou-se um grande sucesso. Não obstante Beethoven estar numa convalescença, num momento de enfermidade, este fato não fica explícito na peça, apesar do segundo movimento ser de uma gravidade e de uma reflexão fabulo-sa, a sinfonia é cheia de um otimismo esvoaçante. Essa obra apresenta elementos fundamentais que norteariam a linguagem musical das gerações que sucederam Beethoven e que nele viram fonte substancial para novas posturas estéticas: pode-se dizer, assim, que na Sétima Sinfonia há marcadamente o início de um Beethoven anunciador da música do futuro. Nela o som adquire impor-tância significante, para além de mero material de construção melódica. Timbre, den-sidade e intensidade assumem papéis quase autônomos, como elementos expressivos que falassem por si só. Basta um ligeiro golpe de vista sobre a primeira parte do se-gundo movimento para se notar que, a despeito da sobreposição de dois elementos melódicos, o que é aí trabalhado à exaustão não é exatamente o desenvolvimento temático, mas grandes diferenças de densidade, tessitura e timbre, encadeados com desenvoltura inovadora. O grau de abstração a que Beethoven submete os elementos formais da linguagem musical do Classicismo posiciona a Sétima Sinfonia num lugar sem precedentes no todo de sua obra e no campo da música sinfônica em geral. A angústia dialética que o acomete como compositor, fundamentada, por um lado, na ideologia romântica que lhe norteia o trabalho criativo e, por outro, na sua dificuldade em abandonar os mode-los clássicos parece, aí, descortinar-lhe uma possibilidade expressiva até então pouco explorada. Assim, se Romain Rolland designou a Sétima Sinfonia uma “orgia de rit-mos”, é porque não teve totalmente a compreensão do artista criador, que busca seus próprios caminhos. Mais lúcida é a metáfora de Richard Wagner, que a ela se referiu como “a apoteose da dança”. O Concerto para violino em La Menor, Op. 53, de Antonin Dvořák foi composto entre julho de 1878 e setembro de 1879, depois que o compositor conheceu, através de Jo-hannes Brahms, o grande violinista Hungaro Joseph Joachim, a quem Dvořák teria in-tenção de dedicar o concerto. Porém, Joseph Joachim, um Classicista rigoroso, teve algumas objecções à obra, inclusive pedido a Dvorak uma revisão completa de várias partes. Mesmo, com as revisões realizadas por Dvořák em 1880, Joachin nunca chegou a executar este concerto publicamente. A estreia ficou ao encargo do jovem violinista František Ondříček, amigo de Dvořák, em Praga em1883. Apesar de ser considerado como uma das grandes obras primas do repertório do violi-no, este concerto é pouquíssimo executado, talvez devido a grande dificuldade técnica exigida do violinista solista.

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