top of page

Felipe Coelho & Camerata Florianópolis


Camerata Florianópolis e Felipe Coelho em Florianópolis/SC

A Temporada 2019 da Camerata Florianópolis traz ao palco do Teatro Ademir Rosa no CIC, com a regência do maestro Jeferson Della Rocca, um concerto com obras do violonista Felipe Coelho. O espetáculo conta com o patrocínio direto da WOA Empreendimentos Imobiliários e Shopping Iguatemi, e através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Ministério da Cidadania) e Lei Municipal de Incentivo à Cultura (Prefeitura de Florianópolis), patrocínio da Intelbras, Engie e Supermercados Angeloni.

Sobre as Obras e seu Compositor Suíte Linguagens é uma obra para violão e orquestra de cordas que faz uso de diferentes linguagens musicais a cada movimento. A ideia surge do processo natural de criação do compositor Felipe Coelho que apresenta como uma de suas principais características o intercâmbio e fusão de linguagens em suas obras, consequente de sua curiosidade e múltipla bagagem musical e pessoal. Iniciou-se como guitarrista de rock influenciado por Joe Satriani, Vai e Malmsteen, recebendo com apenas 15 anos prêmio de solista destaque no Grissom High School Jazz Festival o que o levou a Chicago por duas semanas para participar do curso nacional de Jazz, tendo aulas com gigantes como David Baker e Jamey Aebersold pessoalmente (embora não soubesse ainda quem eram). Viveu nos EUA como bolsista integra até completar o bacharel e o mestrado em jazz, tendo neste período descoberto grande afinidade pelo jazz cigano de Django Reinhardt. Em paralelo, dedicou-se de forma autodidata ao estudou do flamenco, do choro brasileiro, e da música oriental.

Hoje é considerado "a cara do novo violão brasileiro" (Revista Violão Mais) e "um dos mais importantes violonistas brasileiros da nova geração" (Revista Guitar PLayer Brasil) com 5 discos gravados representados internacionalmente pelo selo Hot Club Records, já participou de mais de 30 festivais de música e realizou 12 turnês de seus trabalhos autorais, tendo atuado em Nova Yorque, Chicago, Shanghai (China), Buenos Aires e as principais capitais brasileiras. Seu trabalho como compositor no universo erudito, sem abrir mão das linguagens populares, o levou a receber o Premio Funarte de Música, realizando mais de 50 shows pelo Brasil com o quarteto de cordas CataVento, posteriormente ingressando no meio orquestral. Foi convidado a apresentar-se como compositor e solista por diversas orquestras dentro em fora do Brasil com destaque para a orquestra Versatilis, liderada pelo quarteto de cordas de São Paulo, com a qual apresentou-se no Festival de Poços de Caldas MG (2016), e a KSU Stymphony Orchestra com a qual apresentou-se em Atlanta, EUA em 2015. A Suíte linguagens apresenta 7 movimentos 1. Araucária 2.

Choro-Baião I. Dia (Prelúdio) II. Madrugando 3. Rebentação 4. Mallorca I. Soleá II. Burlería 5. A Gruta 6. Mozartiana 7. Quarta Melodia Araucária traz linguagem sulista moderna com nuances jazzísticas nos âmbitos rítmico e harmônico.

Em compasso ternário, mostra o violão e orquestra trabalhando juntos em dobradura, com approach de forma tonal e simples, com foco na melodia. Ao mesmo tempo em que alude ao ritmo raiz do chamamé, também traz nuances da world music com influências de Pat Metheny e Avishai Cohen. Choro-Baião apresenta dois movimentos. “Dia”, como um curto prelúdio, acelerado, virtuosístico em tom maior, e "Madrugando" que traz um choro violonístico, técnico e sofisticado, porém mais lento e que se transforma em um baião, ambos em tons menores, fazendo referência à vida noturna. Rebentação leva luz à orquestra e ao lado compositor, menos violonístico do artista. Os papéis se invertem e o violão acompanha a orquestra que sola. Uma composição moderna, orgânica, com estilo e forma indefinidos, que faz referência ao mar, traz também o lado espiritual do compositor, fazendo leve referência à linguagem oriental, abandonando as noções ocidentais de contraponto e harmonia e utilizando técnicas de uníssono e quintas paralelas com intuito de referenciar a filosofia de que todos somos um. Mallorca. Música de linguagem flamenca, passa por dois movimentos com títulos de seus respectivos ritmos no universo flamenco, Soleá e Bulería. Temas de alto nível técnico violonístico e longos compassos de 12 tempos, utilizam a orquestra de forma sutil, visando apenas complementar e dar apoio ao discurso do solista.

A Gruta explora mais uma vez uma concepção moderna, aberta e paisagística porém desta vez arrítmica e misteriosa. Convida o ouvinte a imaginar-se em um passeio por uma caverna, aludindo à beleza de seus ecos, ruídos, de sua vida, profundidade e temperatura. Mozartiana, assim como a Bachiana de Paulinho Nogueira, toma emprestado caminhos contrapontísticos comuns do período clássico, fazendo referência ao estilo de composição do grande Mozart, mostrando uma linguagem totalmente distinta às anteriores. Quarta Melodia é uma composição influenciada pela música indiana, tomando como base um rítmico acelerado de baião em um só centro tonal, assim como freqüentemente percebido na música indiana onde é claro o baião seria apenas uma semelhança em compasso binário. O motivo da música é a continuação da composição “Três Melodias”, esta sendo a última música do ultimo trabalho orquestral do compositor. Música que utiliza de conceitos como groove e improvisação, faz também uso de compassos compostos e exige alto nível de execução da orquestra que dobra em uníssono rápidas melodias indianas com o violão.

Últimas notícias
Arquivo
bottom of page