
"Dono de uma criatividade infinita e uma técnica primorosa, o lendário guitarrista STEVE VAI toca ao lado da CAMERATA FLORIANÓPOLIS, uma das principais orquestras do sul do país, em um show virtuoso e intenso."
fonte: http://rockinrio.com/rio/

13 de Setembro - 20h
TEATRO ADEMIR ROSA - CIC
Regência Jeferson Della Rocca
PROGRAMA
Linus & Lucy Vince Guarald
What a Wonderful World Bob Thiele/George Weiss
When I Fall in Love Victor Young/Edward Heyman
Misty Errol Garner Cantaloupe Island Herbie Hancock
Cantaloupe Island Herbie Hancock
Ária da Suite Orquestral n.2 J. S. Bach
Blue Moon Richard Rodgers/Lorenz Hart
Take Five Paul Desmond
Rhapsody in Gershwin Luiz Zago
A Arte do Improviso “in Jazz”
O jazz foi um marco no mundo do início do séc. XX, um fenômeno que revolucionou o fazer musical e a cultura de forma geral: o encontro da música de salão europeia “branca” com o blues e música gospel negra caracteriza o primeiro forte movimento musical que não se encontra mais na Europa, no berço da tradição cultural clássica, mas na América, criando um novo imaginário musical para um tempo de mudanças. É dentro deste espírito de inovação que traçamos “A Arte do Improviso”, revisitando importantes temas de jazz numa perspectiva contemporânea, com piano trio e orquestra em constante interação. Além da Camerata Florianópolis, participam deste trabalho Luiz Zago Trio, que conta com Luiz Zago (piano), Carlos Ribeiro Jr. (contrabaixo acústico) e Rodrigo Paiva (bateria).
Linus & Lucy - Conhecemos este tema no CD Joe Cool´s Blues, de Wynton e Ellis Marsalis, interpretando temas do desenho animado Charlie Brown. O swing e simplicidade do tema são contagiantes, e o solo de violoncelos e violas mostra o swing que as cordas podem oferecer.
What a Wonderful World - A canção de enorme sucesso popularizou o fundamental trompetista Louis Armstrong como crooner junto ao grande público. O otimismo predominante na letra, como de uma criança olhando para o mundo numa alegre perspectiva é marcante e significativo. Esta versão instrumental traz a simplicidade e leveza, tanto nas texturas e sonoridades da orquestra quanto no delicado solo de piano.
When I Fall in Love - O apaixonado personagem aqui não suspira languidamente como em suas versões mais conhecidas. Ele caminha pela calçada pensando em seu amor e estalando os dedos numa manhã ensolarada. No CD o flugelhorn de Walmir Gil aborda o tema ainda de forma lírica, mas plena de swing.
Misty - Esta clássica balada de Errol Garner mostra a grandiosidade da orquestra, desde sua lírica e modulante introdução. O anguloso solo de piano desenvolve com calma o chorus, até entregar gentilmente à orquestra o último A para um arremate lírico antes do grandioso final.
Cantaloupe Island - Ainda nos anos 60 Herbie Hancock vislumbrou os caminhos que o jazz tomaria das décadas seguintes, em terrenos tão diversos quanto o free, o funk, o rock ou a música oriental. O groove funky-jazz apresenta-se intacto, entremeado por contracantos orquestrais, até a exposição final do tema rearmonizado na orquestra, culminando num tutti embalado pelo crescendo das frases finais da bateria.
Ária da Suite Orquestral n.2 - Versão emocionante e emocionada de uma obra tocante. Ao pensar a introdução com a orquestra, foi impossível não começar com a irretocável orquestração original, fonte de inspiração e reverência.
Blue Moon - Mais uma canção alegre e embalada pelo estalar de dedos, desta vez os nossos, literalmente. A irônica introdução traz a orquestra tocando como um violão, fazendo um groove a diversas mãos e cordas, embalando a entrada despreocupada da melodia.
Take Five - Impossível ter um repertório de standards sem pensar neste icônico 5/4. Procuramos levar para o CD uma versão elegante, com o clarinete de Nailor “Proveta” brilhando com maestria entre as diversas texturas propostas pela orquestra e trio. O solo modal faz referência ao álbum Kind of Blue, lançado no mesmo ano desta peça e álbum também fundamental em qualquer discografia de jazz.
Rhapsody in Gershwin - A simples sofisticação do compositor George Gershwin e a popularidade de suas canções encantaram o compositor Maurice Ravel em sua passagem pelos Estados Unidos, que solicitou algumas aulas com o americano. Esse interessante namoro da música clássica com o jazz (que, aliás, é o mote de todo este CD) se revela através da reunião da obra orquestral mais famosa de Gershwin, o Rhapsody in Blue, com temas menos ambiciosos criados para ópera (como Summertime e The Man I Love) e para peças de teatro (Someone to Watch Over me).

4 Setembro ∙ 20h
Teatro Alfredo Sigwalt
JOAÇABA – SC
5 Setembro ∙ 20h
Teatro Municipal Maria Luiza de Matos
CONCÓRDIA – SC
Regência Jeferson Della Rocca
Programa
(arranjos Alberto Heller)
A Banda CHICO BUARQUE
Odeon E. NAZARETH / U. MANGIONE
Romaria RENATO TEIXEIRA
Música Suave ROBERTO CARLOS
Carinhoso PIXINGUINHA / BRAGUINHA
Aquarela do Brasil ARY BARROSO
Trenzinho Caipira HEITOR VILLA-LOBOS
Como nossos Pais BELCHIOR
João e Maria CHICO BUARQUE
Ovelha Negra RITA LEE
Luiza TOM JOBIM
Maluco Beleza RAUL SEIXAS
Tico-Tico no Fubá ZEQUINHA DE ABREU
Nos Bailes da Vida / Maria Maria MILTON NASCIMENTO / FERNANDO BRANT
Brasileirinho WALDIR AZEVEDO
Numa iniciativa da Secretaria de Estado do Turismo, Cultura e Esporte, através do Secretário Filipe Mello e da Fundação Catarinense de Cultura, a Camerata Florianopolis realizará neste segundo semestre, com a regência do maestro Jeferson Della Rocca, uma série de 10 concertos em importantes cidades do interior do Estado e 5 apresentações na capital, levando ao público alguns dos principais programas que fizeram sucesso nestes anos de trajetória da orquestra.
Nesta oportunidade a orquestra apresentará o programa Tributo à Música Popular Brasileira, trazendo um repertório constituído por algumas das principais musicas de diferentes épocas de nossa MPB.
Onde termina a música erudita e começa a música popular? Que combinação de elementos faz com que uma música receba a denominação “clássica” ou “popular”? O conteúdo musical? A orquestração? A interpretação? A tradição cultural? Talvez mais importante que tentar responder a essas perguntas seja vivenciar a música sem tais limitações conceituais, pesquisando as riquíssimas possibilidades que se abrem em um encontro dessas duas correntes.
Principalmente em se tratando da música popular brasileira, uma das mais ricas e bem elaboradas do mundo, tanto por seu conteúdo melódico e harmônico, quanto pelo seu conteúdo poético. Foi com este intuito que a Camerata Florianópolis preparou este programa, o de prestar uma homenagem à música popular brasileira. Uma das maiores dificuldades foi a escolha do repertório: como selecionar uma dezena de títulos entre centenas de obras maravilhosas? É impossível fazer justiça com tal variedade. De qualquer forma, tentou-se mostrar nesta pequena coletânea diferentes estilos e épocas da MPB.
"...todo artista deve ir aonde o povo está." Todo músico se identifica com esta frase de Milton Nascimento, contida em "Nos bailes da vida". A vida é arte, e a arte deve se pôr a serviço da vida. Talvez seja essa a principal lição que a música popular possa dar à música erudita.




