
15 de Agosto - 21h
TEATRO ADEMIR ROSA - CIC
Regência Jeferson Della Rocca
Sinfonia N.2 em Ré Maior, Op. 73
Allegro non troppo
Adagio no troppo
Allegretto grazioso
Allegro con spirito
JOHANNES BRAHMS
Concerto para Violino e Orquestra N.2 em Ré menor, Op. 22
Allegro moderato
Romanza
Allegro con fuoco
HENRY WIENIAWSKI
Solo: Domenico Nordio
Domenico Nordio - violino (ITÁLIA)
Com consistente carreira internacional, Domenico Nordio é reconhecido pela crítica como um dos mais importantes músicos de sua geração. Natural de Veneza / Itália, começou sua carreira muito precocemente. Aos 16 anos ele venceu uma das mais importantes competições do mundo, o Concurso Internacional “Viotti”, em Vercelli, cujo Presidente do Júri era o legendário violinista Yehudi Menuhin. Em 1988, aos 17 anos, ele ganhou o prêmio Eurovision, ganhando glória imediata: ele foi o primeiro e único italiano na história a ganhar este prêmio. A Grande Final foi no Concertgebouw de Amesterdan, e foi transmitida ao vivo por toda a Europa. Desde então, sua agenda de concertos está sempre cheia, tanto como solista de algumas das principais orquestras do mundo, como camerista em algumas das mais prestigiadas salas de espetáculos.
Johannes BRAHMS, Sinfonia N. 2 em Ré Maior, Op. 73
Até seus 43 anos de idade, Johannes Brahms ainda não havia escrito nenhuma sinfonia. Isso deve-se ao fato do seu medo de comparação com as sinfonias de Beethoven. Ele considerava Beethoven o ápice da forma e achava que depois de Beethoven ninguém mais tinha a possibilidade de suplantar a sua escrita. Brahms queria estar totalmente certo de que poderia escrever com qualidade uma sinfonia, como ele mesmo dizia: queria estar preparado para enfrentar tal desafio.
Brahms começou a trabalhar em sua Segunda Sinfonia em junho de 1877. O trabalho foi concluído no mês de outono seguinte e foi estreado em 30 de dezembro de 1877, pela Orquestra Filarmônica de Viena, dirigida por Hans Richter. Depois de anos dedicados para compor a primeira sinfonia, Brahms concluiu que era muito mais fácil iniciar logo a composição da segunda. Ele costumava trabalhar melhor longe da cidade durante o verão, e assim ele escreveu a sua segunda sinfonia em poucos meses, em uma pequena cidade às margens do Lago Wörthersee.
Brahms teve um relacionamento especial com a pianista Clara Schumann, esposa do compositor e pianista Robert Schumann. A amizade começou quando Brahms ajudou a família durante a internação e após a morte do compositor. Muitas vezes pedia conselhos para Clara sobre as músicas que estava compondo ou sua opinião sobre peças recém terminadas. A Segunda Sinfonia não foi exceção à regra.
É difícil compreender plenamente a natureza dos sentimentos que existiam entre os dois. Brahms conviveu com o casal durante muitos anos, e sempre manteve seu amor por ela de uma forma respeitosa. Mesmo quando Schumann foi internado em um asilo, durante seus últimos anos, Brahms não expressou sua afeição mais abertamente, apenas por cartas, onde deixava claro seu amor por ela.
Após a morte de Schumann, Brahms poderia pensar de forma mais concreta sobre uma possível união com Clara. Mas isso não aconteceu. Além do respeito que tinha por seu amigo, e Clara era a viúva de Schumann, ele tinha dúvidas sobre o quanto uma vida de convívio doméstico poderia interferir em seu trabalho criativo.
Clara e Brahms tinham contato praticamente diário, mas, em seguida, ele mudou-se para Berlim e depois retornou a Hamburgo. Eles mantiveram uma correspondência constante e Brahms enviava cada uma de suas composições para que ela desse sua opinião. Mas seu amor por ela não era comentado abertamente. Brahms nunca se envolveu mais seriamente com qualquer mulher, mas também nunca tomou a decisão de estabelecer um compromisso com Clara. Inclusive, muitos anos mais tarde, ele insistiu que todas as cartas fossem devolvidas e destruídas. Clara relutou em atender a este pedido, mas acabou aceitando, apesar que conseguiu manter algumas de suas favoritas. Como a maior parte das cartas foi queimada, nunca poderemos compreender plenamente a estranha relação que existia entre esses dois artistas.
Brahms escreveu sua segunda sinfonia em poucos meses. Quando estava pronta, mandou para Clara o primeiro movimento e ela o elogiou. Ele previu que este trabalho teria um sucesso mais imediato com o público que o que obteve com sua Primeira Sinfonia, e estava certo. O terceiro movimento foi tão bem recebido na estreia que teve de ser repetido.
Henry WIENIAWSKI, Concerto para Violino e Orquestra N.2, op. 22
Wieniawski nasceu na cidade de Lublin, na Polônia. Aos sete anos de idade já era um virtuose do violino e causava sensação em Varsóvia. Aos oito anos foi aceito no Conservatório de Paris para estudar violino e harmonia. Aos quinze terminava seus estudos no Conservatório. Considerado o maior violinista da geração pós Paganini, Wieniawski passou seus anos seguintes em intermináveis turnês mundo afora. Em 1860, aos vinte e cinco anos de idade, mudou-se para São Petersburgo, a convite do pianista e regente Anton Rubinstein, o qual estava determinado a melhorar as condições musicais da Rússia. Permaneceu na Rússia até o ano de 1872 e foi o responsável pelo estabelecimento e desenvolvimento da escola russa de violino.
Wieniawski começou a composição de seu Concerto para violino e orquestra no 2 em 1860, assim que chegou a São Petersburgo, a convite de Anton Rubinstein. A primeira execução do Concerto deu-se em São Petersburgo, em 27 de novembro de 1862, com o compositor ao violino e regência de Rubinstein. Dois dias depois, o compositor russo César Cui, em uma carta a Balakirev, dizia: “eu ainda não consegui me recuperar do impacto daquele primeiro Allegro”. Wieniawski compunha apenas para seu instrumento. Como compositor, foi além de Paganini. Soube combinar perfeitamente bem os avanços técnicos do instrumento com a imaginação romântica, aliados a uma acurada técnica composicional. Seus coloridos orquestrais são ímpares e suas melodias possuem um inconfundível sabor eslavo.

30/Julho – 20h
Clube Aqua Camponovense
CAMPOS NOVOS-SC
31/Julho – 19h30
Igreja Matriz São Paulo Apóstolo
CELSO RAMOS-SC
01/Agosto – 19h
Centro Multiuso Santin Palavro Junior
ABDON BATISTA-SC
Regência: Jeferson Della Rocca
PROGRAMA
2001 / Contatos Imediatos / ET
STRAUSS /JOHN WILLIAMS
E o Vento Levou
MAX STEINER
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
(Comptine d’un Autre été: L’Apres Midi)
YANN TIERSEN
Golpe de Mestre (The Entertainer)
SCOTT JOPLIN
O Mágico de Oz (Over the Rainbow)
HAROLD ARLEN
Em Algum Lugar do Passado
JOHN BARRY
O Poderoso Chefão
NINO ROTA
Luzes da Ribalta
CHARLES CHAPLIN
007 / Missão Impossível
JOHN BARRY / LALO SCHIFRIN
[Solo de Ernesto G. Medolla]
Cinema Paradiso
ENIO MORRICONE
Perfume de Mulher (Por uma Cabeza)
ALFREDO LE PERA [Solo de Iva Giracca]
Um lugar chamado Notting Hill (She)
ELVIS COSTELO
Game of Thrones (tema de abertura)
RAMIN DJAWADI
Indiana Jones
JOHN WILLIAMS
A Pantera Cor de Rosa
HENRY MANCINI
O Quinto Elemento
ERIC SERRA [Solo de Iva Giracca]
Star Wars
JOHN WILLIAMS
Rocky
BILL CONTI
“Poderíamos pensar em filmes como A Pantera Cor de Rosa sem a música de Henry Mancini, Guerra nas Estrelas sem a música de John Williams, Cinema Paradiso sem a música de Enio Morricone? Provavelmente não, pois essas (e tantas outras) músicas ganharam magia e força junto com as imagens, marcando época e influenciando gerações inteiras.
Certamente não é possível, em apenas uma hora de espetáculo, fazer justiça à volumosa história da música para cinema. Que esta pequena seleção possa, assim, ser um modesto porém caloroso tributo a esse gênero que há tantos anos vem nos acompanhando e emocionando.”
Alberto Heller - arranjador

4 de Julho - 21h
Igreja Nossa Senhora da Lapa - RIBEIRÃO DA ILHA
Regência: Jeferson Della Rocca
PROGRAMA
L. Janáček
Suite para Cordas
A. Czermák
Duas Danças Húngaras
R. Strauss
Dueto Concertino para Clarinete, Fagote e Cordas
De temperamento forte e original, Janácek uniu em sua obra as tradições nacionais românticas e os conhecimentos de uma linguagem moderna cuja riqueza e frescor fazem dele a personalidade dominante da música tcheca do início do século XX. A base da música de Janácek é a vibrante harmonia do século XX. Dá-nos a impressão de alguém ansioso por revelar ao mundo toda a grande paixão que lhe domina a alma. Em 1877 Janácek escreveu a Suíte para Cordas cuja denominação dos movimentos (andante, adágio, alemanda, sarabanda) revela interesse por música antiga, mas ao mesmo tempo encontramos as influências de Smetana e Wagner.
As duas Danças Húngaras, escritas pelo virtuoso violinista húngaro Antal Czermak, fazem parte do primeiro CD gravado pela Camerata em 1997. São duas peças curtas, com melodia instigante, com participação do clarinete solista no segundo movimento.
Richard Strauss escreveu aos 83 anos de idade o Dueto Concertino para Clarinete e Fagote, dedicado ao seu amigo, fagotista da Filarmônica de Viena, Hugo Burghauser. Trata-se de uma obra extremamente complexa tecnicamente e uma das únicas escritas para orquestra de cordas em seu repertório. Como Strauss descreveu, o fagote representaria um urso que se depara com uma princesa (representado pelo
clarinete). No primeiro movimento diversas sequencias em poliritmia trazem um efeito de tensão e conflito entre os instrumentos de orquestra e solistas. O movimento lento é uma ária romântica tranquila, em que o urso corteja a princesa. O terceiro movimento é uma dança, entre o agora enamorado (assumindo, claro, que o segundo movimento foi bem sucedido!) Urso e princesa. Começa timidamente e termina cheio de alegria.
André Ehrlich - CLARINETE
Clarinetista premiado em diversos concursos como: Concurso Jovens Instrumentistas Brasil (Piracicaba), Concurso Internacional Jovens Concertistas (RJ) e Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, entre outros. Membro fundador da Orquestra Sinfônica do Paraná, em 1987 inicia seus estudos na Alemanha. Em 1996 conclui sua Pós Graduação (Konzertexamen) na Escola Superior de Música de Detmold, graduando-se com nota máxima com louvor. Atualmente, além de 1º clarinete da Orquestra Sinfônica do Paraná, frente a qual já solou múltiplas vezes, exerce intensa atividade didática e camerística.
Jamil Bark - FAGOTE
Natural de Curitiba, graduou-se pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), sob a orientação de Noël Devos (RJ). Vencedor do VII Concurso Jovens Instrumentistas do Brasil (SP) e do Concurso Jovens Concertistas do Brasil (RJ), estudou no Oberlin Conservatory of Music (EUA). É membro fundador do “Quinteto de Sopros de Curitiba”. Foi professor dos Festivais de Música de Cascavel, Maringá, Tatuí, Londrina, Goiânia e Brasília. Entre 1999 e 2007 atuou como fagotista titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Realizou Mestrado em Música na USP, e Doutorado em Música na UNICAMP. Atualmente é fagotista solista da Orquestra Sinfônica do Paraná e professor da EMBAP / UNESPAR.




