Homenagem ao Choro
A Camerata Florianópolis irá dividir o palco com alguns dos maiores nomes do Choro catarinense no Teatro Ademir Rosa, CIC, na sexta-feira (12), às 20h. Sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca, e direção artística e arranjos de Luiz Sebastião Juttel, os músicos irão apresentar clássicos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali, Waldir Azevedo e Paulinho da Viola. Os ingressos estão à venda pelo site Blueticket.
O time que estará no palco tem muita estrada e afinidade com o choro: O Grupo Garapuvú e convidados, formado por Wagner Segura, Luiz Sebastião Juttel, Rogério Piva, Roger Corrêa, Chico Camargo, Eduardo da Costa e Alexandre Damaria. O maestro Della Rocca explica que a Camerata “nasceu para democratizar a música erudita e para valorizar o que existe de melhor em todos os estilos e ritmos, com a intenção de agregar artistas e inspirar e encantar o público”.
Esta é a terceira apresentação que a Camerata Florianópolis realiza após a reabertura dos teatros de Santa Catarina. Todos os protocolos de saúde, em função da pandemia, serão rigorosamente respeitados.
Produzida por Maria Elita Pereira e sua equipe, a apresentação tem o patrocínio de Clemar Engenharia, Engie e Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura - Ministério do Turismo - Secretaria Especial da Cultura, e o apoio cultural do Villa Romana Shopping e Angeloni Supermercados, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura / Fundação Franklin Cascaes / Prefeitura Municipal de Florianópolis.
O choro, popularmente chamado de chorinho, surgiu no Rio de Janeiro em meados do século XIX e é um dos mais originais gêneros de música instrumental de nossa música popular brasileira. O choro pode ser considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira e ao longo dos anos se transformou em um dos gêneros mais prestigiados da música popular nacional, reconhecido em excelência e requinte. Tem como origens estilísticas o lundu, ritmo de inspiração africana à base de percussão, com gêneros europeus. O choro é visto como o recurso do qual se utilizou o músico popular para executar, ao seu estilo, a música importada e consumida nos salões e bailes da alta sociedade do Império a partir da metade do século XIX. Sob o impulso criador e improvisado dos chorões, logo a música resultante perdeu as características dos seus países originários e adquiriu feições genuinamente brasileiras. A improvisação é condição básica do bom chorão. Os primeiros conjuntos de choro surgiram por volta da década de 1870, nascidos nas biroscas do bairro Cidade Nova e nos quintais dos subúrbios cariocas. Pixinguinha consolidou o choro como gênero musical, levando o virtuosismo na flauta e aperfeiçoando a linguagem do contraponto com seu saxofone e organizou inúmeros grupos musicais, tornando-se o maior compositor de choro.
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